Fé é força na mente

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segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

O Egoísta

O egoísta não é somente aquele que pensa apenas em si mesmo, pois as vezes nem em si mesmo pensa. O egoísta é aquele que, a fim de atingir os seus objetivos, avança em seus caminhos sem levar o sofrimento dos outros em consideração. São os seus interesses que estão acima de tudo, logo, se tiver que mentir, mente, se tiver que magoar, magoa, se precisar trapacear , trapaceia. Não existe ética em seus relacionamentos. Suas palavras nunca são confiáveis. O que fala não se escreve. O que escreve não cumpre.
O egoísta nunca é apenas egoísta, ele é também materialista. Como uma pessoas vazia de Deus, ele se enche do que lhe é oposto. Segue caminhos contrários a vontade de Deus por acreditar poder alcançar seus objetivos por si mesmo. Por ser assim, ele também é orgulhoso e por isso gosta de se associar com quem infla o seu ego.
Por fim, o egoísta, ao tomar as pessoas como meios para satisfação dos seus desejos, acaba se unindo a pessoas iguais a ele. Daí que um dia, ele começa a perceber que a vida lhe parece muito difícil e amarga. Quando menos espera, ele descobre que não há mais ninguém em quem se possa confiar. Ele se sente sozinho e vazio. Foi enganado. O que temia, aconteceu.
Apesar de ser tomado por este sentimento, a falta de discernimento lhe impede perceber que ele já estava cego há muito tempo. Na verdade, o egoísta é aquele que faz de si mesmo o seu pior inimigo.
Deus sabendo desta inclinação humana nos enviou Jesus Cristo para nos ajudar a vencer este mal. Jesus tem o poder de nos libertar do egoísmo, do orgulho, do medo, enfim, de tudo que é contrário a Verdade do Espírito Santo. É Ele quem nos dá a vitória contra a "carne".
A Bíblia nos ensina que a carne é fraca, mas lembra que o espírito é forte. Significa dizer que a "carne" não pode dirigir a nossa vida, mas só o espírito que é forte pode dominar a "carne". Quando a Bíblia menciona a carne está se referindo aos males que sofremos no corpo e aos desejos humanos contrários a vontade de Deus. São as vulnerabilidades do corpo e as pulsões libidinais. Por ser fraca, a carne permite ser levada pelas tentações e vícios e, além disso, é perene, vulnerável a dor, as doenças, ao mal. O espírito lhe é muito superior. Ele é eterno, forte e imbatível. O espírito é perfeito e já está pronto, a carne é imperfeita e totalmente falível. Aquele que se deixa levar pela carne visando alcançar seus objetivos mundanos, investe no que é falho, enganoso, no que apodrece e morre.
Há uma tendência na sociedade para valorizar essas coisas efêmeras, mundanas. Ao final se descobre que elas não levaram a nada de bom. Não trouxeram nenhuma lembrança edificante. No entanto, aos "inflados de si" o orgulho permanece. Aliás, cheios de si quem verá a Deus?
Paulo sabendo que o Espírito tem poder para dominar a carne, glorificava a Deus nas dores e aflições que sofria. Não cedia espaço para reclamações, murmurações. Sua vitória estava em Cristo, a quem sua carne tentava lhe opor, mas não conseguia pela força do espírito.

Por isso sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias por amor de Cristo. Porque quando estou fraco então sou forte. (2 Coríntios 12)

Paulo sabiamente percebeu que era necessário se reduzir, se esvaziar de si, se humilhar. Crucificar a carne para crescer em espírito e alcançar os céus.

"Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim."(Gálatas 2:20)


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